O Boca Raton Football Club é uma equipe de futebol ainda com investimentos básicos, aprendendo a andar e virar-se no maior esporte do mundo. Reecém-nascidos, criando asas, buscando um caminho. Na última sexta-feira, realizamos nossa segunda partida na APSL em nosso verdadeiro alçapão “the Shipyard”. Em um jogo muito movimentado e de muitas oportunidades criadas, o Boca Raton saiu derrotado dentro de campo por 1 a 0 pelo Miami Date.

Mas os números mostram que, se houve derrota, a mesma aconteceu apenas entre as quatro linhas. Fora delas, o clube continua mostrando força e organização de gente grande, que muitos clubes espalhados pela América do Sul e Europa não possuem.
Com inúmeras atividades e atrações ao longo da partida, o resultado não poderia ser outro que não fosse a casa cheia. Se a média de público da APSL chegava aos modestos 130 expectadores, o Boca Raton simplesmente engoliu sem dó estes números. Com públicos alcançando os 519 e 662 pessoas nas primeiras duas partidas oficiais o clube, respectivamente, é notória a diferença de organização e as ambições do clube em relação aos demais participantes da liga.
– Nós temos alguns times competentes aqui na liga. O Red Force, o Uruguay e os que aqui se enfrentaram hoje são os mais capazes de almejar algo grande. Mas sem dúvidas não há outro clube na liga com uma estrutura que o Boca Raton tem aqui. Tudo funciona, o público é atraído, a casa enche. Animação total. O futebol acaba virando detalhe, é uma festa – Disse Roberto Linck, dono do Miami Date FC “- Aqui o trabalho de vocês é profissional, uma estrutura que os outros clubes não tem. Em questões estruturais, aqui é um nível muito acima.”
Com animações que atraem o público jovem e as famílias, um bom e coerente calendário de horários, atividades que impressionam os investidores e até as autoridades da cidade de Boca Raton. Não é à toa que a média de público é simplesmente cinco vezes maior que a do restante da liga inteira sozinha.

 

O projeto é tão ambicioso que, brevemente, há a possibilidade de já haver esgotamento dos ingressos na próxima partida, ou seja, alcançando um público superior a três mil pessoas em um jogo de Division 4 de um esporte que ainda está em processo de formação, podendo ter números superiores que os de muitos jogos do campeonato brasileiro, por exemplo. Na abertura do torneio, Sport x Figueirense se enfrentaram na cidade Recife para pouco mais de 3 mil pessoas. Isso mesmo. Nosso modesto Boca Raton, de uma liga regional, pode sim atingir os mesmos números que a primeira divisão nacional do país pentacampeão mundial. É a maior prova de que vivemos outra realidade.

 

O profissionalismo fala alto no Sul da Flórida. A organização vem dando resultados e comprovando o crescimento antecipado de um bebê que nasceu prematuro. Enquanto ainda éramos para estar no berço, já almejamos andar. Brevemente, aprenderemos a falar. Gritar e, quem sabe, rugir.

 

Daniel Braune

http://danielbraune.blogspot.com/2015/05/boca-raton-fc-resultados-de.htmlIMG_1332

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